Ouro Preto, sua riqueza é pó de ossos e de gente, histórias de Aleijadinho e Ataíde, ladeiras engrossando filas em romarias, noites com clarões e vozes rogando perdão dos pecados cometidos no claro-escuro das telhas coloniais. Pernas cruzadas para que te quero! Na subida se deixam as fraquezas ao chão, franquezas que escorrem como enxurrada rebatem rostos envergonhados contra a hierarquia celestial. Os nomes dos santos são chorados e as almas purificadas em lágrimas despejadas por homens e mulheres, todos humilhados, todos fartos, todos faltos, todos doentes pela morte de Nosso Senhor.