A linguagem da morte, lassa e urgente, veste e desnuda o cadáver e seus parentes durante mesmo o velório, como sempre aconteceu, ainda antes da história, bem antes de se criarem ritos e sacramentos. A linguagem da morte tem duração de um instante além da vida, embora se lhe escute convocar todos os dias seus escolhidos. Na linguagem que nos diferencia encontra-se o projeto de nossa tragédia, a identidade que ela expressa distingue e entrega inexoravelmente ao bem e ao mal.
É a hora, última, de se distinguir a entrega, pelo livre arbítrio, ao bem ou ao mal durante a vida terrena.
Você, Bruno, é um privilegiado.