Cultura é porosidade, Drummond itabinaramente confidencia, de incertos limites, filtra e absorve tudo que lhe chega, faz depósitos de novidades que algum dia serão tradição. Cultura é acaso que aprisiona E obriga enxergar culturalmente. Comunicacional, humanidade é exclusividade capaz de destruição consciente, de sofisticação de métodos de destruição consciente, de reproduzir a própria destruição de uma geração para outra, comunicar o fato e registrá-lo à posteridade. Subtraímos à existência todas as demais espécies, ensinamos como fazê-lo, aperfeiçoamos com estética, com eficiência, o processo extintivo, que legamos à posteridade, e nos vangloriamos disso. Ao final, nos extinguiremos e nos dividiremos: apoiadores do final dos tempos, desaprovadores do final dos tempos, que enxergam nisso o juízo final e pouco se importam, pois mors omnia solvit. Indiferença a consequências e consciências e, também, nossa marca comunicante, a história diz.