Família

Compartilhamento, compreensão, dedicação, tolerância, convivência, pertencimento, proteção, agasalho, acalento, afago, ternura, candura, audiência, paciência, energia e sobretudo amor compõem o que chamamos de “família”. Não há o que defina e não há quem se sinta completo sem sua presença. Todos intuem, sem necessidade de explicação, o que seja família e o encanto de com ela sonhar e viver.

Amores há de tantas formas, quantos laços sejam possíveis, para todos que se sintam atados a alguém, muito além do mero toque, do simples olhar, da desinteressada complacência. Amor filial, maternal, paternal, fraternal, familial; amor carnal ou sublimado, para a perdição e para a salvação; amor belo ou enfermo, irradiante ou conformado; amor contido, platônico, irrevelado; amor visceral, incondicional, sem retorno; amor pálido, esmaecido, à distância, esperançoso.

Não há, por mais que esforce, como dizer os tons e as entonações dos amores vividos. Impossível medir a intensidade e a extensão do amor que cada qual dedica à formação e continuidade do sentido que ao outro simboliza. Entrega sem reservas, imensurável e cândida…

Se o tempo, essa metáfora de ondas e ventos, tão humana quanto a percepção de que os filhos são a continuidade aperfeiçoada dos pais, pode ser uma dádiva, será apenas para aqueles que sorverem a vida sem solidão. Uma dádiva é a possibilidade de uma vida nova a cada entrega, como a criança que aquiesce e recebe o pai, como homem e/ou mulher que se devotam.

Amar do modo certo para cada forma de amar, como nunca imaginado, consumando o coletivo na existência.

Família…

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