Ouvi de um povo que havia esperança, que um reino estrangeiro assenhorou-se de suas terras e que todos eram cativos; por muitas gerações assim foi. Mas uma liderança haveria de surgir e comandar o povo à liberdade, que seus descendentes seriam responsáveis por fundar uma Nação e estabelecer um império alicerçado nas lições do que, em outro cativeiro, reportando a Revelação, seria sua religião. Essa religião, a princípio vivida e, depois, muitos séculos passados, escrita com as palavras sagradas do próprio Criador, se estabeleceria como marca e distinção, permitindo sobreviver mesmo à segunda destruição do Templo.
A esperança se transformou, ganhou mensagem de Amor, e se fez conversão. Nova fé que à antiga não anula, porém revitaliza nas promessas de vida eterna, arrependimento dos pecados, julgamento final e da presença de Deus, o Criador, infinitamente bom e justo. Mas os homens se fizeram pouco diligentes com o Verbo que se fez carne e todo Seu sofrimento pareceu vão. Guerras se fizeram por interpretação e preferência, onde isso não deveria existir; os homens deixaram de cumprir a promessa, devir. Quanto mais se divergiu e empreendeu compromisso de imposição de entendimento, mais obscuro tudo se tornou. Porém, a esperança continuou, não por si, mas porque o Pai nunca desistiu do homem, nem mesmo nas múltiplas oportunidades em que o homem fez do Seu Filho menos do que a dignidade ao próprio reconhecida.
A esperança não morre, ela conhece o final da história.