A política não consiste em impor universalmente a Verdade (ou em impor a verdade universal). Ela consiste em ajudar a escolher o melhor de um modo diferenciado. Essa é a enorme sutileza, mas também a enorme objetividade de um relativismo consequente” (Barbara Cassim, Elogio da Tradução, tradução Simoni Christina Petry e Daniel Falkemback, São Paulo: […]
Entre amor e verdade Read More »
O que anima a noite é a ideia de morrer,o consolo de não acordare evadir-me desse mundo,tudo encerrando em um segundo. O que desespera pela manhãé a inevitabilidade de viver mais um diasem me despedir da noite, minha amiga,quando o momento sonhado era final. Um único olhar seu bastariapara encerrar essa contenda da noite com
Sorrisos exultantes Read More »
Pessoas prezam imagens de si, mais do que si mesmas, em sociedades de aparência. Nesse tipo de sociedade, os ritos são formais, esquecido seu significado fundante, e a formalidade dos ritos assegura a frágil permanência de um modelo de vida em coletividade desgastado, corroídas as relações em seu significado. Tudo procria aparência e nada é
Sociedades de aparência Read More »
O acúmulo de riquezas, com a consequência de grandes diferenças entre as pessoas, algumas sendo proprietárias de terras (meio de produção) e larga maioria como trabalhadores da terra, foi possível somente com a sedentarização proporcionada pela agricultura e métodos de armazenamento de alimentos. A história de José, tomada como alegoria ou como fato, a depender
Igualdade e riqueza Read More »
Cultura, aquilo que é próprio de um povo, o conhecimento, as práticas, os modos, as ideias, os gostos, as histórias que evocam o passado, justificam o presente e apontam o futuro, que são transmitidos de geração em geração, aperfeiçoados ou não, esse conjunto material e imaterial deve ou não ser exposto a influências exteriores e/ou
Cultura: pureza e compartilhamento Read More »
Se nas línguas neolatinas a letra “m”, que lembra sucção, pois junta os lábios e os coloca adiante, como faz o recém-nascido para mamar, nas línguas germânicas o amor, com sua sucção, se diz “love”, “liebe”, com um “l” bem pronunciado e que remete ao ato de lamber, algo que igualmente remete ao seio materno,
Amor latino-germânico Read More »
Houve um tempo em que o sexual e o colérico se uniam ao inspiracional e ao sagrado. É comum dizer que foi um tempo obscuro, materialmente fraco, de ambições desmedidas, serviços desesperançados em um melhor porvir, mas foi um tempo espiritual, inegavelmente. Esse tempo passou com o encerramento da Idade Média e a ascensão do
Discurso da paixão em dois tempos Read More »
O mal é criação humana, como pretende Agostinho, ou divino, para edificação da alma, como pretende John Hick? Agostinho abriu a medievalidade e a culpa humana era uma necessidade justificada; Hick, na segunda metade do século XX, enxerga a insustentabilidade da origem humana do mal, que, encarado como desfavorecimento à vida, antecede cientificamente a própria
Sempre que a palavra “verdade” estiver em causa, devemos nos perguntar o sentido em que é utilizada: realidade primordial, fato religioso, histórico, teológico; apreensão imediata, sem qualquer intermediário, de um fato ou situação científico ou mesmo religioso; correspondência do relato ao fato a que se refere, que é o sentido mais comum.
Sem a política, há apenas dominação e revolta. A política organiza o jogo de forças, colocando ordem na revolta e rompendo a dominação, dando voz ao pobre. Quando assim se faz, a confiança se institui.
Dominação e revolta Read More »
