A cidade

A cidade nasceu do cruzamento

dos olhos seus com os meus.

Até aquele tão próximo passado instante,

andava pelas ruas,

sombrio expectador de calçadas e de pessoas,

asfalto e carros, prédios que se ombreavam

disputando o sol das janelas para suas samambaias.

Espadas de São Jorge e Não Me Toques eram comuns,

superstições de um povo cabisbaixo

que divisava montanhas como limites da alma.

Naquele dia mudei, e agora,

como muito da vida,

aquela cidade retorna e invade.

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