Demência
Essa demência que me vemnão participa de quem sou, é fora e distante o suficiente para enganar e entorpecer. Enlouqueço pelo que me vem,não pelo que sou e apenas pelo que represento.
Essa demência que me vemnão participa de quem sou, é fora e distante o suficiente para enganar e entorpecer. Enlouqueço pelo que me vem,não pelo que sou e apenas pelo que represento.
A interioridade é a exterioridadevoltando sua face para dentro.Dentro de mim há o mundoe seus habitantes mais distintos.Dentro de mim há vocêque procura e, talvez, não saibaque encontrou a alma que neste corpo habita.
A arte de viver e de ser é a arte da fuga,uma ensambladura que dizque em toda distância nos pertencemos.Minha essência é sua,por aderência, intimidade,força, conhecimento e complacência.
Uma vida se inicia a todo momento. Muitas são as vidas no tempo de uma existência, renovando-se e recomeçando nos momentos definidores. Assim também aconteceu com a bela Isabel Coelho, menina de Santa Cruz de Salinas que foi morar em Belo Horizonte para estudar arquitetura, mas que terminou cursando direito e se encontrando no magistério.
A vida não tinha mistérios, sequer era ela também um mistério, nela nada havia de místico, tudo se repetia monocordicamente: acordar, beijar a mulher, beijar os filhos, tomar café, arrumar-se, dirigir-se à estação do metrô no bairro Carlos Prates, parada na Praça da Estação, caminhada leve, subir a Avenida Amazonas até a Avenida Afonso Pena,